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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Sedna a Deusa Inuit

 


Sedna, 

a humana que morreu no mar,

e transformou-se em uma 

Deusa. 


Amplamente cultuada pelos povos Inuit ( esquimós) que habitam nas regiões polares do Canadá, Alaska, o Extremo Norte da Rússia, Sibéria, Finlândia, Suécia, Noruega, Islândia e Groenlândia.

Sua história está cheia de teimosias, verdades enganosas e dores. Contudo sua superação, tornando-se a provedora de alimentos para seu povo, foi o ato que lhe deu a característica  de divina.

Sedna era uma moça bonita, prendada, realmente iluminada. Morava com seu pai, um bom homem abastado e respeitado em sua tribo, que  após a morte de sua esposa criou sozinho sua única filha.

 Muitos rapazes da tribo se viam encantados por ela. Entretanto, Sedna ainda não havia se apaixonado, ainda não tinha sentido um encantamento. Um dia, porém, Sedna conhece um jovem pelo qual fica completamente apaixonada. Este belo rapaz a encanta com seus contos sobre as riquezas e glórias da ilha onde era rei. Sedna então, comunica ao pai sua decisão de casar-se com o Rei e partir com ele para sua Ilha.

O pai tenta persuadi-la da ideia mostrando os perigos de casar-se com um desconhecido e ainda mudar-se para uma ilha distante. Irredutível, a moça teima com seu o seu pai e com toda tradição do seu povo, partindo com seu futuro marido. Ao chegar à praia, Sedna espera ver um belo e grande barco, contudo nada havia. Seu amado, transforma-se em uma enorme gaivota e rapidamente segura Sedna em suas unhas e sobrevoa o mar em direção a nova morada do casal apaixonado.



Bem, penso que morar em uma ilha cheia apenas de gaivotas , não deve ser bom. Sedna também detestou, havia somente pedras e fezes de gaivotas. Seu marido era o Rei, o rei das gaivotas, seu rico e glorioso reino estava ali. Com muito alimento para os súditos, sem nenhum predador que os incomodassem ou impostos a pagar. Todos estavam felizes. Menos Sedna, que era obrigada a viver em uma caverna úmida, comendo somente os peixes que seu marido trazia. Nada do que havia imaginado ou sonhado. Seu grande amor era um engano.

Com o tempo as notícias acabam chegando, alguns contam que seu pai ao saber do grande engano e das agruras que sua única filha passava resolveu resgatá-la. Outros contam que Sedna conseguiu enviar uma mensagem ao pai pedindo ajuda. Bem, o que importa é que ele foi ao seu encontro e roubou-a do marido. 

Ao sentir falta da esposa, o Rei convocou todo o seu reino para resgatá-la e trazê-la de volta. Uma nuvem densa de gaivota atravessou o mar em busca da esposa fugitiva. Ao longe, ao ver a densa nuvem seu pai se desesperou  e jogou Sedna ao mar para que não a achassem com ele. Em um piscar de olhos, as gaivotas alcançaram o pequeno caiaque e voavam em círculos agitando o mar onde a pequena embarcação estava. Desesperado com medo da própria morte, o pai vê  Sedna tentando voltar ao caiaque rapidamente, saca de uma faca e corta-lhe os dedos com os quais Sedna agarrava a lateral da embarcação tentando salvar-se.



Incansável, mesmo sentindo uma imensa dor, Sedna retorna ao barco e agarra suas bordas com seus braços, Novamente seu pai desfere um golpe e os corta. Sedna afunda lentamente, apenas vendo a luz se afastando enquanto uma grande escuridão se aproxima. Acabou, Sedna está morta ao chegar no fundo do mar. 

Mas nada sabemos da magia do amor e da dor, sobre a alegria do nascer e a tristeza do morrer. Transforma dor em amor, morte em vida, isto é magia! Assim aconteceu com Sedna, apesar de toda a dor pela traição e falsas verdades com que seu amado lhe havia presenteado, depois de tanto esperar.  E ter que reconhecer o egoísmo de seu pai, escolhendo matá-la  para salvar sua própria vida. Sedna renasceu.

Dos dedos cortados por seu pai, nasceram inúmeras espécies maravilhosas de animais marinhos, como focas, baleias, morsas e outros. Animais essenciais na vida deste povo dos árticos não só pela carne, mas pela boa gordura que oferecem, utilizada tanto na alimentação, como em tratamentos de cura e para iluminação em lamparinas. De seus cabelos, nasceram lindas plantas que dançam livres nas profundezas do mar e servem de alimento para várias espécies marinhas. 



Até hoje muitos povos cultuam e respeitam a grande Sedna, Mãe dos Animais Marinhos. Quando a pesca fica escassa os esquimós já sabem que precisam se dedicar a Sedna. Os xamãs mergulham no gelado mar, e penteiam os cabelos de Sedna retirando todas as impurezas e maldades humanas depositadas nas profundezas do mar. Lixo descartados que embaraçam -se entre algas marinhas, lhes impedindo o movimento. Caso Sedna entenda como verdadeiro o arrependimento de seu povo. O alimento retorna, seu povo mais uma vez sobrevive graças a vida com que Sedna os presenteia.

Sedna, Foi homenageada em 2004, um planetóide descoberto além da órbita de Plutão, ganhou o nome dessa deusa esquimó mutilada e traída que simboliza a iminência do desastre ambiental que ameaça nossos oceanos.




Mito: A moça que morreu no mar e virou deusa.

Localidade: Canadá, Alaska, Territórios ao redor destes países

Panteão: Inuit

Símbolos mágicos: conchas, pedras, objetos contidos nas profundezas do mar

Animais: Baleias, focas e animais marinhos em geral.

Cores: Azul e Verde 

Ervas: Algas Marinha e Sal marinho

Pedras: Agua Marinha e pedras existentes nos mares profundos.

Elemento : Agua






terça-feira, 8 de setembro de 2020

Oxum

 Oráculo da Deusa




O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, que tem predileção por joias, perfumes e roupas. A figura de Oxum apresenta uma linda mulher, a qual carrega um espelho na mão. Oxum representa a deusa da beleza, orixá do amor, da fertilidade e da maternidade, responsável pela proteção dos fetos e das crianças recém-nascidas, sendo adorada pelas mulheres que querem engravidar.

O Mito de Oxum irradia para o restante das cidades Yorubás, assim como para a diáspora, a partir da cidade de Osogbo, a qual é banhada pelo Rio Osun. A festa anual das oferendas a Oxum realizada em Osogbo, na Nigéria, é uma recordação do pacto que o primeiro rei local contraiu com o rio:

Laro o antepassado do atual rei, após prolongadas atribulações, procurando um lugar favorável onde pudesse instalar-se com seu povo, chegou perto do rio Osun onde a água corria permanentemente. Segundo se conta, um dias mais tarde uma das suas filhas desapareceu nas águas quando se banhava no rio e, passado algum tempo , delas saiu, esplendidamente vestida. Declarou a seus pais que fora admiravelmente recebida e tratada pela divindade que ali morava.

Laro foi fazer oferendas de agradecimento ao rio. Muitos peixes, mensageiros da divindade, em sinal de aceitação, vieram comer o que o rei jogou na água. Um peixe de grande tamanho veio nadar perto do lugar onde ele se encontrava e cuspiu água.

Laro recolheu esta água em uma cabaça e bebeu-a, celebrando assim o pacto de aliança com o rio. 


Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma grande paixão pelas jóias de cobre. Antigamente, este metal era muito precioso na terra dos Yorubas. Só uma mulher elegante possuía jóias de cobre pesadas.

Omiro wanran wanran wanran omi ro!

"A água corre fazendo o ruído dos braceletes de Oxum!"

Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá.

Oxum tem o humor caprichoso e mutável.

Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas, elas deslizam com graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação. Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro.

Outras vezes, suas águas tumultuadas passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e florestas.

Ninguém pode atravessar de uma margem para a outra, pois nenhuma ponte faz a ligação.

Oxum não toleraria uma tal ousadia!

Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as canoas que tentam atravessar o rio.



Nome Oxum

Panteão Yorubá

Elemento Água

Astro Vênus

Símbolo Magico Espelho

Animais relacionados Peixe

Cores Amarelo

Plantas Lírios e rosas amarelas

Pedras Quartzo Rosa


Morgana, a Fada

 O Oráculo da Deusa



No século II, os gauleses acreditavam na existência, na ilha de Sein, de nove gênios femininos(fadas) que tinham o poder de excitar e acalmar as tempestades, curar as doenças e a capacidade de assumir as mais diversas formas e aspectos. Eram divindades cujas representações seriam de seres femininas ligadas a Lua e ao poder das marés. 
Possuíam a mesma essência mesmo que mostrassem uma face diferente através de seu ciclo eterno, 
conforme a Deusa Mãe, ou Deusa Tríplice.

No início do século XII, Geoffroy de Monmouth, 
em "Vita Merlini" , descreveu a ilha da Felicidade,
 onde viviam as nove irmãs. 
A mais jovem, Morgue, 
conhecia todas as qualidades medicinais das ervas, 
dominava a arte de alterar as figuras e tinha o poder de se elevar no ar como um pássaro. 
A partir deste episódio é que Morgana assumiu importante papel nas lendas narrativas bretãs: 
“ela é a Senhora de Avalon, o Outro Mundo, onde reina com suas nove irmãs” (BARROS, 2001, p.281).
 A verdadeira origem de Morgana está para ser definida, ainda que o seu nome apareça relacionado ao desenvolvimento de este ou aquele tema. Mas, como vários personagens da lenda arturiana, há trilhas que nos levam aos personagens da mitologia celta.

Resumo:

Nome  -   Morgana a Fada
Panteão  -  Celta
Elemento  -   Água
Astro  -  Lua
Símbolo Mágico  -  Triskle  Significado de Triskle - Dicionário de Símbolos
Animal referente - Borboleta
Cor  -  Prata
Plantas- Rosa branca
Pedra   -   Quartzo Branco

domingo, 22 de setembro de 2013

Feliz Ostara!!!

Para os praticantes da Wicca, em Ostara o Deus (Sol) cresceu, tornando-se um jovem adulto.
Ele está passando pela puberdade
e suas forças são refletidas na vitalidade e no crescimento das plantas.
Ele está crescendo novamente.
Com a vitalidade dele vem o calor da Primavera
e futuro plantio das futuras colheitas.




Já a Deusa não mais tida como a mãe nutridora, 
mas como uma bonita virgem da primavera. 
Assim como em relação a natureza esse é o momento de plantar e também é a hora de cultivarmos nossas sementes. 


Nesse dia também, 
os antigos europeus
 iam ate o campo para colher flores 
e as levavam para casa, 
pois acreditavam que as flores colhidas no Equinócio da Primavera eram Mágicas e, 
através delas, seriam capazes de conectarem a energia de toda a Natureza.
 Essas flores eram secas e com elas eram feitos ornamentos para enfeitar as casas, 
até a Ostara do ano seguinte, 
em que eram trocadas por novas flores,
 assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade




terça-feira, 18 de junho de 2013

Yule


Yule, no hemisfério Sul, ou o Solstício de inverno ocorre a 21 de Junho.
É um período de recolhimento, meditação,
reflexão sobre o mundo e sua vida,
em que nos conscientizamos sobre nossos hábitos,
temos de nos conhecer melhor para saber onde podemos nos aprimorar.


A árvore enfeitada que é símbolo de Yule
nos lembra da Primavera futura,
mas em parte representa a nós mesmos,
e o ato de decora-la deve ser imbuído de lembranças,
sentimentos e projetos para o futuro.


A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra,
e a escuridão do inverno ameaça ir embora.
É quando a Deusa dá à luz seu novo filho,
o Deus renovado e forte, ainda bebê.
É importante notar que no hemisfério norte
o Yule é comemorado na mesma época do Natal,
e que tem significado muito parecido com o feriado cristão:
o nascimento do Deus menino,
filho de um Deus maior,
aquele que trará a esperança à Terra.



Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus,
que é reverenciado como Criança Prometida.
Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças,
pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações
e nos dêem forças para nos libertarmos
das coisas antigas e desgastadas.
É hora de descobrirmos a criança dentro de nós
e renascermos com sua pureza e alegria. 



O tema principal desse Sabbat é a Luz
em todas as suas manifestações,
seja o fogo da lareira, seja de uma fogueira, de velas, etc. A Luz nesse Sabbat
torna-se um elemento mágico
capaz de ajudar o Sol
a retornar para a Terra,
para nossa vida, corações e mentes.

domingo, 2 de junho de 2013

Oração de Banimento para Lua Minguante


Lua agora pequenina
Que lentamente se vai.
Carrega contigo amiga
as dores que o amor me trás.
Leve junto, enquanto finda,
todo sonho não realizado, 
e toda vitória não alcançada.


Lua que míngua, que se vai
pode ainda me ouvir?
Não deixe por aqui nenhuma inveja
que me possa destruir.
Leve junto meus inimigos
para nunca poderem me atingir.
Carrega todo mau e os infortúnios,
que de meus negócios,
 precisam partir.


Lua Minguante, lua ançiã
Que ao futuro se recolhe,
leve da Terra as melancólicas sombra
que nossos sorrisos e cânticos
insistem ofuscar.


Salve Lua Minguante
Amiga Fiel e Libertadora!


Abençoados Sejamos Todos!!!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Samhain

Samhain é conhecido como a noite em que o véu 
entre este mundo e o outro é o mais fino. 
É um tempo para sentar e honrar o mundo espiritual.
Afinal, se não fosse por eles, não estaríamos aqui.
Devemos-lhes alguma coisa, alguma gratidão 
por sua capacidade de sobreviver, sua força, seu espírito.
Muitos wiccanos e pagãos escolher Samhain como um momento para homenagear seus antepassados. 


Decore seu altar com folhas e frutas de outono.
No centro do altar,
você pode colocar um cristal ou uma tigela de contemplação.
Além dos rituais mais formais, 
você também pode usar algum tempo a sós 
para uma meditação silenciosa.
Este é um ponto na roda do ano
quando o mundo espiritual está mais próximo, 
e se você nunca tentou entrar em contato 
com seus antepassados ​​antes, 
agora é um bom momento para fazê-lo. 
Você pode realizar este ritual em qualquer lugar, 
mas se você pode fazê-lo do lado de fora 
à noite é ainda mais poderoso. 



Antes de realizar esta meditação, 
não é uma má ideia passar algum tempo 
com os aspectos físicos, tangíveis de sua família. 
Tragam os álbuns de fotos antigas, 
Objetos que tenham pertencido aos seus antepassados.
. Estas são as coisas materiais que 
nos conectam a nossa família.
Ligam-nos, magicamente e espiritualmente. 
Gaste tempo com eles, 
absorvendo suas energias e pensando 
nas coisas que viu, os lugares que foi.


"Nesta noite de Samhain 
a luz do dia diminui,
e a escuridão ganha terreno
neste ciclo sem fim.
Apelo a meus antepassados
a ​​se juntarem a mim nesta celebração,
eu compartilho esta refeição com eles
e juntos vamos lembrar de nosso Amor."


Alegando seu direito de nascença
Feche os olhos e respire profundamente. 
Pense em quem você é, e que você é feito, 
e saber que tudo dentro de você 
é a soma de todos os seus antepassados. 
Desde há milhares de anos, 
gerações de pessoas se reuniram 
para criar a pessoa que você é agora. 
Pense em suas próprias forças e fraquezas 
e lembre-se de que eles vieram de algum lugar. 
Este é um momento para recitar a sua genealogia 
até onde você puder ir. 


Quando você disser o nome de cada uma, 
descrever a pessoa e sua vida.
Um exemplo poderia ser algo como isto:
Eu sou a filha de João, que trabalhou em...
Ele era filho de ... que era....
Casou-se com ...etc
Vá para trás, tanto quanto você consiga, 
elaborando em tantos detalhes como escolher.
Uma vez que você não puder voltar mais, 
Termine com 
"aqueles cujo sangue corre em mim, cujos nomes eu ainda não sei".


Você pode aproveitar a noite de Samhain 
para queimar um papel com tudo que
não quer mais em sua vida, 
abrindo-se para o novo; 
queimar folhas de louro com outro papel contendo seus desejos, lembrando-se sempre de não prejudicar ninguém, 
nem interferir no livre-arbítrio de outrem.
Samhain também é o período de abraçar a sombra,
isto é, mergulhar no autoconhecimento 
e transformar o que precisa ser transformado! 





Blessed Samhain