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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Roda do Ano


A “Roda do Ano”, como é conhecido o conjunto desses festivais druídicos, é composta de celebrações em datas específicas, originárias da passagem das estações do ano.
Os festivais ocorrem da seguinte maneira. O ano é dividido em quatro períodos, contendo três meses cada:

SAMHAIM: 1º de novembro no Hemisfério Norte (H.N.) e 1º de maio no Hemisfério Sul (H.S.) início do ano – inverno – período obscuro. A mais importante das quatro festas, o giro da roda se inicia com o festival tendo como tema a morte, pois no Hemisfério Norte é o período onde a natureza se recolhe. E neste momento onde há reflexão através de um mergulho no interior humano para compreender os maiores mistérios da vida.


IMBOLC: 1º de fevereiro (H.N.) e 2 de agosto (H.S.) -  purificação. É a celebração da primavera, associado à deusa Brighid, a Mãe Deusa, protetora da mulher e do nascimento das crianças.


BELTAINE: (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein)1º de maio ( H.N.) e 1º de novembro( H.S.) - verão – período luminoso. É conhecido como “fogos de Bel”, ou “fogos da cura”, é comemorado a vitalidade e a fertilidade e muitos casamentos ocorriam neste época. As festas eram em volta das fogueiras com muita alegria, sensualidade e jovialidade, estas eram as principais características destes festivais.



LUGNASADH: (também conhecido como Lammas) 1º de agosto( H.N.) e 21 de março ( H.S.) – festa do Sol. É o festival deLugh, importante deus celta, celebrado em outono, tendo como simbolismo a fartura da colheita, das riquezas da terra e de tudo o que fazemos em nossas vidas.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ensinamentos Sobre a Morte


Tinham em seus ensinamentos que a alma
 passava por três círculos sucessivos. 
 Na imersa na matéria, onde se originava
o período mais primitivo, o da animalidade.
 Depois entra no círculo das migrações
que povoam os mundos das experiências e dos sofrimentos,
 após muita luta, libertavam das influências materiais,
 livrando-se da roda das encarnações.
Em continuidade, chegava-se no círculo
dos mundos venturosos, despojados de anseios
 e sentimentos terrenos.  
Depois encontravam o círculo do infinito,
 a morada da Essência Divina.



Por terem outra compreensão sobre a morte,
 os guerreiros e guerreiras druidas não a temiam,
 pois enfrentavam nos campos de batalhas,
sem ter algum apego pela vida.
Lutavam de peito nu e achavam covardia
 proteger-se com armaduras.
Enfatizavam a lei de causa e efeito,
 onde cada um era livre para fazer o que quisesse,
 sendo responsável pelo próprio destino,
 arcando com as conseqüências segundo suas obras praticadas.
 E para os criminosos cruéis existia a pena de morte, onde eram estes julgados socialmente pelos seus atos.


Os druidas tinham a responsabilidade
de passar seus conhecimentos às pessoas aptas
 a entender a lei do Karma,
 seus ensinamentos eram via oral,
 não faziam uso da escrita para transmitir
seus conhecimentos, entretanto,
possuíam uma forma de escrita mágica
conhecida como “ escrita rúnica” ( sussurro, segredo),
 com poder de canalizar as forças mentais
 e projetar a mente da pessoa a um nível
 ampliado de consciência, obtendo os conhecimentos ocultos,
 velados e situações afastadas no espaço tempo.
Mesmo com as perseguições da igreja romana,
 o druidismo não foi totalmente eliminado,
apenas oculto dos olhos dos profanos.
 Ele permaneceu atuando discretamente
 como a Sagrada Ordem Druídica.




Druidas não esperam pela justiça após a morte;
a justiça não é algo que irá acontecer no Outro Mundo. 
A justiça é algo que deve ser buscada aqui, agora, 
para ser implementada neste mundo.
Druidas não se conformam com injustiça ou desigualdade. 
Mentiras e injustiça são as coisas que mais revoltam um Druida.



O Duidismo


Os estudos modernos de arqueólogos, historiadores e outros apontaram para as Ilhas Britânicas como as origens do Druidismo.
Podemos encontrar elementos do Druidismo também na Gália e no norte da Península Ibérica.
Os Druidas foram considerados como magos feiticeiros, cultivavam a música, a poesia e tinham controle do clima, do conhecimento sobre as ervas, podiam fazer ou parar de chover, controlavam os furacões, marés, tremores de terra etc.
Tudo isto era procedido com o uso de cristais e em parte pela ação da mente, graças aos rituais realizados em lugares de força.



A realização das cerimônias não se baseava somente com o lugar, também tinham a ver com a época do ano,
com determinadas efemérides, pelo que ocorriam em datas precisas, ocasiões em que interagiam mais facilmente com as forças da Natureza.
Eles se reuniam em círculos visando a canalização da força telúrica e siderais, conduzidas com grande solenidade. Suas principais cerimônias eram nas mesmas datas dos festivais celtas, visando o mesmo objetivo:
Estabelecer um elo sagrado entre o homem e a natureza, invocando a Deidade de ambos.


Os Druidas se reuniam em Colégios onde desenvolviam e preservavam conhecimentos que herdaram de uma raça anterior a nossa e muito mais avançada, que possuíam o controle total do que hoje chamamos infantilmente de Energia Telúrica.
Preservado pelos orientais com o nome de Feng Shui, além de compreender o poder dos elementos, e teria dito Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande:
"Se pudesse escolher meus exércitos. eles seriam as pedras, os ventos, o fogo os mares..."
E eles dominavam claramente estas forças da natureza não por aprendizado próprio, mas por herança, e isto não é lenda, os romanos e gregos registraram seu poder.




segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Druida






Os Druidas foram os povos de origem indo-européia que habitava extensas áreas da Europa pré-romana, eram sacerdotes do lendário povo celta. Hoje é uma das vertentes do paganismo, o druidismo. O Druidismo é um caminho espiritual de natureza pagã, todo druida é um pagão. O termo pagão tem origem no vocábulo latino paganus, que era usado para designar alguém que nasce no pagus (o campo, a Natureza). 


Em termos espirituais, portanto, pagão é aquele que acredita na sacralidade da Natureza e de todas as formas de vida. Qualquer forma de paganismo tem suas diversas deidades em seus panteões associadas à Natureza, com deuses e deusas que personificam as grandes forças naturais do mundo em que vivemos. Sendo que cada deus ou deusa cultuado é apenas uma representação alegórica para trazer a essência da natureza e do sentimento a ser realizado. 

Os Druidas eram sacerdotes do antigo povo celta, a natureza e as questões sobre respeito à vida acima de qualquer coisa é o ideal de um Druida, sendo curandeiros cujo possuíam o papel de curar a si mesmo, a comunidade e a natureza. Como os maiores sábios e seres dotados de dons especiais, os Druidas eram conselheiros de reis e sacerdotes das tribos. Praticamente tudo que é sabido sobre os druidas, foi relatado por historiadores gregos e romanos que tiveram contato com os celtas nos séculos que antecederam ao cristianismo. Descreveram como poderosos sacerdotes dos povos celtas, sábios e juristas, poetas, contador de mitos e lendas, místicos e conselheiros. 


Sabemos pouco sobre esses povos tão influenciadores nos mitos e em toda a Europa, porque eles não usavam a escrita para transmitir sua sabedoria, praticando a tradição oral como meio de preservação de seu conhecimento. E assim ao passar dos séculos foi perdendo-se o verdadeiro Druidismo. Contudo a essência do Druidismo, crenças e seus conceitos principais permanecem estáveis até os dias de hoje. A arte do Druidismo contemporâneo pode ser muito diferente dos druidas históricos, pelo fato de vivemos em outros tempos, com outras necessidades. Ao contrário de religiões que têm como base textos sagrados dogmáticos, o druidismo não fica limitado a escrituras ou leis. E com o passar dos séculos hoje é mais que uma religião é um modo de vida onde significativa a capacidade de satisfazer os anseios de quem segue este caminho, cuja natureza é à base da inspiração. 


Um Druida segue as estações do ano, e o ciclo da Natureza. Um Druida não segue regras como qualquer religião, pois tudo é baseado na naturalidade e no amor que a natureza perfeita criou, seus rituais não devem ser escritos, mais sim sentidos no fundo de nossas almas e conectado ao universo com a inspiração que é denominada como magia. O mistério de um Druida é a conexão da alma com a Natureza, outra pessoa, o mundo em que vive, seu trabalho, seu alimento, seus desejos mais intensos. 

Tudo emana energia e nossa alma é energia. Toda energia é sagrada e deve ser respeitada e honrada. Assim como todas as formas de vida sem exceção. O Druidismo é a forma de amor e contato com a verdadeira criação do ser humano: A natureza. O nome Druida significa aquele que tem a sabedoria do carvalho. Seus templos eram as clareiras nos bosques sagrados e sua inspiração era a beleza do universo. 
Hoje, o maior papel de um Druida é transformar e interagir com o mundo para que ele seja um lugar mais equilibrado, mais puro e respeitado como qualquer um antigo sábio do carvalho cuidaria de seu mundo, seu lar na natureza, e sua conexão com o conhecimento e a cura para um planeta cansado de sofrer.