Denominado Awen no mito da deusa Cerridwen,
o caldeirão era o receptáculo sagrado
da sabedoria divina e do dom da inspiração,
o meio mágico para a regeneração
no ventre escuro da Deusa Anciã.
Ele foi o precursor do Santo Graal,
considerado uma fusão do caldeirão mágico
do paganismo celta e do cálice do cristianismo.
Cerridwen era uma deusa galesa,
guardiã do caldeirão,
dotada com a habilidade da metamorfose
(assim como outras divindades celtas).
Profetisa e regente dos processos de vida,
morte e
regeneração.
Mergulhando no caldeirão de Cerridwen
poderemos alcançar nossos objetivos,
encontrar a força para superar adversidades,
transmutar os bloqueios e os medos
e encontrar a luz no momento da morte.
Não devemos encarar a morte como o fim,
mas como um renascimento.
Quando aprendermos a abrir mão
de certas coisas e situações,
estaremos aprendendo a morrer espiritualmente,
de várias pequenas maneiras ao longo da vida.
No momento da morte,
o ato de abrir mão se multiplica
milhares de vezes e a liberação
proporciona uma conexão divina totalmente nova.
Os místicos ensinam que para poder mergulhar na
presença divina é necessário exercitar o desprendimento.
A totalidade só é conquistada
no momento em que aceitarmos entrar na dança
da
morte e do renascimento.
Cerridwen chega em nossas vidas anunciando esse tempo.
Quando algo
está para morrer,
devemos permitir que se vá
para que algo novo possa nascer.
Não devemos encarar a morte como um fim,
mas um
renascimento.
Emergimos subitamente desse desconhecido
e inicia-se a faixa de claridade denominada vida.
Depois, há a escuridão do fim,
quando desaparecemos mais uma vez
de volta ao desconhecido.
Talvez você tenha chegado ao final de um ciclo,
de um
relacionamento,
de um
emprego e esteja com medo
de deixá-los ir embora.
Você até sente que algo está morrendo,
quando é apenas uma parte de você,
que deve perecer para dar
lugar ao novo.
Mas saiba, que no lado inferior da vida
, sempre existirá a morte.
Se viver a sua vida ao máximo,
não terá medo da morte e do que ela significa,
pois ela
pode tornar-se o momento
de libertação mais profundo de sua natureza.
Quando
aprender a abrir mão de certas coisas, aprenderá a morrer espiritualmente
de pequenas
formas durante a vida.
Imagine
esse ato de abrir mão,
multiplicado mil vezes no momento da morte.
Essa liberação pode proporcionar
uma
vinculação divina completamente nova.
Os místicos sempre reconheceram que,
para se aprofundar na presença divina do íntimo,
é necessário exercitar o desprendimento.
Quando começamos a nos deixar levar,
é espantoso
como a nossa vida enriquece.
As coisas
falsas as quais nos agarramos
desesperadamente se afastarão,
dando espaço para que somente o verdadeiro
se
aprofunde dentro de nós.
A totalidade só é conquistada
no momento
que dissermos sim
e dançarmos com a morte e o renascimento
Cerridwen diz a você
que sempre receberá de volta o que der a ela,
portanto
entregue-se e renascerá.
Assim seja. Assim é.
Abençoados sejamos Todos!