Tenho falado de coisas bem
comuns para blogs que se dizem ocultistas.
Pois na verdade não posso deixar de
me apresentar como quem realmente sou.
Uma bruxa que usa as
palavras, como instrumento de magia.
Dentro deste pensamento hoje quero lhes contar uma história real e dos nossos tempos:
Há muitos anos conheço um homem, ou
um” belo rapaz”(como dizia minha avó)
Um caboclo bonito com porte de europeu
Ficamos logo amigos falávamos o mesmo dialeto: pajelança.
Ele linhagem mística de
portugueses com índios guaranis, criado no Brasil entre os índios e brancos,
com contatos frequentes com a cultura portuguesa e de seus familiares indígenas. E eu, buscando descobrir a
minha missão mística.
Era uma época de conflitos e mudanças em nosso país, e ele lutava
por mudanças nas leis de proteção ao seu povo.
Ao mesmo tempo buscava conciliar as vidas,
de indígena e de branco capitalista.
A pajelança hoje chamada Xamânismo era algo marginalizado,
era muito interessante ler Carlos Castaneda,
ouvir Vila Lobos, defender os direitos indígenas,
assistir os documentários
sobre os rituais no Xingu,
ou mesmo receber Raoni em
uma festa.
Mas, dizer que eles eram
mais sábios do que aqueles que os oprimiam.
Que pediam ajuda, depois de serem destituídos da própria terra,
por não terem como se defender!
Isso era arrumar briga feia!

Assim conheci aqueles que hoje chamamos O Pagé.
Um praticante religioso da
desconhecida pajelança guarani,
e um fervoroso estudioso de seitas e religiões.
Por concordar que na união
daqueles que estudam,
com os praticantes, temos o profissional completo.
E ele se considerava um profissional dos Deuses.
Não aceitava alguém falar
que o mundo espiritual
era efêmero e fugaz, coisas
de ignorante.
Com ele aprendi que nossas percepções espirituais
são nos dadas com o
propósito de evoluirmos,
e evoluirmos a tribo, nada é para nós.
Recebemos conforme trabalhamos.
Assim simples não tem mistério:
“Uns nascem para serem guerreiros,
lutar e proteger a tribo de
ataques e perigos deste mundo,
os caçadores alimentam a tribo,
o pajé cuida das
enfermidades da alma e o corpo da tribo.”
O Pagé

Com o passar dos anos, já
nós dois e mais alguns amigos,
escondidos, realizávamos pequenos rituais.
Dedicávamos a entender os Deuses e
a confusão que havia na
mente do branco,
e que para o índio estava
tão clara!
De repente éramos xamãs, wicanos,
católicos, esotéricos e evangélicos preocupados
apenas em nos curar e curar
a terra.
Talvez alguns digam que isso é impossível,
mas depende em quê temos fé.
Nós cremos em uma grande
evolução espiritual
que poucos aceitam e
acreditam.
Pois a cada geração, novos conceitos são descobertos,
contudo, a essência continua.
O masculino e o feminino permanecem unidos
para nos ajudar a viver melhor:
Sol e Lua
o Deus e a Deusa
De onde virá a criança da promessa.
O Ser Equilibrado.

Abençoado sejamos todos!
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