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terça-feira, 30 de abril de 2013

Samhain

Samhain é conhecido como a noite em que o véu 
entre este mundo e o outro é o mais fino. 
É um tempo para sentar e honrar o mundo espiritual.
Afinal, se não fosse por eles, não estaríamos aqui.
Devemos-lhes alguma coisa, alguma gratidão 
por sua capacidade de sobreviver, sua força, seu espírito.
Muitos wiccanos e pagãos escolher Samhain como um momento para homenagear seus antepassados. 


Decore seu altar com folhas e frutas de outono.
No centro do altar,
você pode colocar um cristal ou uma tigela de contemplação.
Além dos rituais mais formais, 
você também pode usar algum tempo a sós 
para uma meditação silenciosa.
Este é um ponto na roda do ano
quando o mundo espiritual está mais próximo, 
e se você nunca tentou entrar em contato 
com seus antepassados ​​antes, 
agora é um bom momento para fazê-lo. 
Você pode realizar este ritual em qualquer lugar, 
mas se você pode fazê-lo do lado de fora 
à noite é ainda mais poderoso. 



Antes de realizar esta meditação, 
não é uma má ideia passar algum tempo 
com os aspectos físicos, tangíveis de sua família. 
Tragam os álbuns de fotos antigas, 
Objetos que tenham pertencido aos seus antepassados.
. Estas são as coisas materiais que 
nos conectam a nossa família.
Ligam-nos, magicamente e espiritualmente. 
Gaste tempo com eles, 
absorvendo suas energias e pensando 
nas coisas que viu, os lugares que foi.


"Nesta noite de Samhain 
a luz do dia diminui,
e a escuridão ganha terreno
neste ciclo sem fim.
Apelo a meus antepassados
a ​​se juntarem a mim nesta celebração,
eu compartilho esta refeição com eles
e juntos vamos lembrar de nosso Amor."


Alegando seu direito de nascença
Feche os olhos e respire profundamente. 
Pense em quem você é, e que você é feito, 
e saber que tudo dentro de você 
é a soma de todos os seus antepassados. 
Desde há milhares de anos, 
gerações de pessoas se reuniram 
para criar a pessoa que você é agora. 
Pense em suas próprias forças e fraquezas 
e lembre-se de que eles vieram de algum lugar. 
Este é um momento para recitar a sua genealogia 
até onde você puder ir. 


Quando você disser o nome de cada uma, 
descrever a pessoa e sua vida.
Um exemplo poderia ser algo como isto:
Eu sou a filha de João, que trabalhou em...
Ele era filho de ... que era....
Casou-se com ...etc
Vá para trás, tanto quanto você consiga, 
elaborando em tantos detalhes como escolher.
Uma vez que você não puder voltar mais, 
Termine com 
"aqueles cujo sangue corre em mim, cujos nomes eu ainda não sei".


Você pode aproveitar a noite de Samhain 
para queimar um papel com tudo que
não quer mais em sua vida, 
abrindo-se para o novo; 
queimar folhas de louro com outro papel contendo seus desejos, lembrando-se sempre de não prejudicar ninguém, 
nem interferir no livre-arbítrio de outrem.
Samhain também é o período de abraçar a sombra,
isto é, mergulhar no autoconhecimento 
e transformar o que precisa ser transformado! 





Blessed Samhain

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Pagé


 Tenho falado de coisas bem comuns para blogs que se dizem ocultistas.
Pois na verdade não posso deixar de
me apresentar como quem realmente sou.
 Uma bruxa que usa as palavras, como instrumento de magia.
Dentro deste pensamento hoje quero lhes contar uma história real e dos nossos tempos:
Há muitos anos conheço um homem, ou
um” belo rapaz”(como dizia minha avó)
Um caboclo bonito com porte de europeu
Ficamos logo amigos falávamos o mesmo dialeto: pajelança.
 Ele linhagem mística de portugueses com índios guaranis, criado no Brasil entre os índios e brancos, com contatos frequentes com a cultura portuguesa e de seus familiares indígenas. E eu, buscando descobrir a minha missão mística.

 

Era uma época de conflitos e mudanças em nosso país, e ele lutava por mudanças nas leis de proteção ao seu povo.
Ao mesmo tempo buscava conciliar as vidas,
de indígena e de branco capitalista.
A pajelança hoje chamada Xamânismo era algo marginalizado,
era muito interessante ler Carlos Castaneda,
 ouvir Vila Lobos,  defender os direitos indígenas,
 assistir os documentários sobre os rituais no Xingu,
 ou mesmo receber Raoni em uma festa.
 Mas, dizer que eles eram mais sábios do que aqueles que os oprimiam.
 Que pediam ajuda, depois de serem destituídos da própria terra, 
por não terem como se defender!
Isso era arrumar briga feia!



Assim conheci aqueles que hoje chamamos O Pagé.
 Um praticante religioso da desconhecida pajelança guarani,
e um fervoroso estudioso de seitas e religiões.
 Por concordar que na união daqueles que estudam,
 com os praticantes, temos o profissional completo.
E ele se considerava um profissional dos Deuses.
 Não aceitava alguém falar que o mundo espiritual
 era efêmero e fugaz, coisas de ignorante.
Com ele aprendi que nossas percepções espirituais
 são nos dadas com o propósito de evoluirmos,
e evoluirmos a tribo, nada é para nós. 
Recebemos conforme trabalhamos. 
Assim simples não tem mistério:
“Uns nascem para serem guerreiros, 
lutar e proteger a tribo de ataques e perigos deste mundo, 
os caçadores alimentam a tribo,
 o pajé cuida das enfermidades da alma e o corpo da tribo.”
O Pagé



 Com o passar dos anos, já nós dois e mais alguns amigos,
escondidos, realizávamos pequenos rituais.
Dedicávamos a entender os Deuses e
 a confusão que havia na mente do branco,
 e que para o índio estava tão clara!
De repente éramos xamãs, wicanos,
católicos, esotéricos e evangélicos preocupados
 apenas em nos curar e curar a terra.
Talvez alguns digam que isso é impossível,
mas depende em quê temos fé.
  Nós cremos em uma grande evolução espiritual
 que poucos aceitam e acreditam.
Pois a cada geração, novos conceitos são descobertos, 
contudo, a essência continua. 
O masculino e o feminino permanecem unidos
para nos ajudar a viver melhor: 
Sol e Lua
o Deus e a Deusa
De onde virá a criança da promessa.
O Ser Equilibrado.



Abençoado sejamos todos!





quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Caldeirão de Cerridwen


Denominado Awen no mito da deusa Cerridwen,
o caldeirão era o receptáculo sagrado
da sabedoria divina e do dom da inspiração,
o meio mágico para a regeneração
no ventre escuro da Deusa Anciã.
Ele foi o precursor do Santo Graal,
considerado uma fusão do caldeirão mágico
do paganismo celta e do cálice do cristianismo.
Cerridwen era uma deusa galesa,
guardiã do caldeirão,
dotada com a habilidade da metamorfose
(assim como outras divindades celtas).


Profetisa e regente dos processos de vida,
 morte e regeneração.
Mergulhando no caldeirão de Cerridwen
poderemos alcançar nossos objetivos,
encontrar a força para superar adversidades,
transmutar os bloqueios e os medos
e encontrar a luz no momento da morte.
Não devemos encarar a morte como o fim,
mas como um renascimento.
Quando aprendermos a abrir mão
de certas coisas e situações,
estaremos aprendendo a morrer espiritualmente,
de várias pequenas maneiras ao longo da vida.


No momento da morte,
o ato de abrir mão se multiplica
milhares de vezes e a liberação
proporciona uma conexão divina totalmente nova.
Os místicos ensinam que para poder mergulhar na presença divina é necessário exercitar o desprendimento.
A totalidade só é conquistada
no momento em que aceitarmos entrar na dança 
da morte e do renascimento.
 Cerridwen chega em nossas vidas anunciando esse tempo.
 Quando algo está para morrer,
devemos permitir que se vá
para que algo novo possa nascer.



Não devemos encarar a morte como um fim,
 mas um renascimento.
Emergimos subitamente desse desconhecido
e inicia-se a faixa de claridade denominada vida. Depois, há a escuridão do fim,
quando desaparecemos mais uma vez
de volta ao desconhecido.
Talvez você tenha chegado ao final de um ciclo,
 de um relacionamento,
 de um emprego e esteja com medo
de deixá-los ir embora.
Você até sente que algo está morrendo,
quando é apenas uma parte de você,
 que deve perecer para dar lugar ao novo.



Mas saiba, que no lado inferior da vida
, sempre existirá a morte.
Se viver a sua vida ao máximo,
não terá medo da morte e do que ela significa,
 pois ela pode tornar-se o momento
de libertação mais profundo de sua natureza.
 Quando aprender a abrir mão de certas coisas, aprenderá a morrer espiritualmente
 de pequenas formas durante a vida.
 Imagine esse ato de abrir mão,
 multiplicado mil vezes no momento da morte.
Essa liberação pode proporcionar
 uma vinculação divina completamente nova.


Os místicos sempre reconheceram que,
para se aprofundar na presença divina do íntimo,
é necessário exercitar o desprendimento.
Quando começamos a nos deixar levar,
 é espantoso como a nossa vida enriquece.
 As coisas falsas as quais nos agarramos
 desesperadamente se afastarão,
dando espaço para que somente o verdadeiro
 se aprofunde dentro de nós.
A totalidade só é conquistada
 no momento que dissermos sim
e dançarmos com a morte e o renascimento
Cerridwen diz a você
que sempre receberá de volta o que der a ela,
 portanto entregue-se e renascerá.


Assim seja. Assim é.
Abençoados sejamos Todos!

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Deusa Cerridwen


Segundo o calendário celta,
no dia 20 de junho comemora-se,
entre os pagãos, o dia de Cerridween.
Cerridwen é uma Deusa celta
e seu culto era mais representativo
no País de Gales.
É uma Deusa Tríplice
(donzela, mãe e mulher idosa),
cujo animal totêmico é
uma grande porca branca.

 

Ela é a mãe que conserva todos
os poderes da sabedoria e do conhecimento.
É ao mesmo tempo
Deusa parteira e dos mortos,
pois o mesmo poder
que leva as almas para a morte,
traz a vida.
Ela é a Deusa do caos e da paz,
da harmonia e da desarmonia.
Deusa da lua, dos grãos, da natureza,
da fertilidade, da inspiração,
da astrologia, das ervas,
dos encantamentos...


Cerridwen representa a “Face Anciã”
da Deusa Tríplice celta;
seu nome tem como origem
 os termos galeses ceryd“admoestar com amor” e gwen “branco e abençoado”.
Apesar da sua representação habitual como uma mulher velha,
chamada de “A anciã da criação”
ou simplesmente “A anciã”,
ela era uma deusa
que mudava sua forma,
passando de jovem à mulher madura
ou velha, incluindo também
sua metamorfose em animais.
Como Deusa da fertilidade e abundância, ela era chamada de “Deusa soberana dos cereais”.


 
 “Mulher sábia, anciã, mãe e mestra,
Você diminui a escuridão do céu
e parteja o nascer do sol,
Possuidora de energia e sabedoria,
Criadora do movimento e do significado,
Dai-me da sua força, ensine-me sua sabedoria.
No seu grande caldeirão Awen,
Eu experimento sua magia 
e conheço seu poder,
Eu transformo minha forma
e aprendo com seu conhecimento.
Assim, eu começo a minha busca
 e ouço a sua inspiração,
Para um novo começo,
o fim e a inevitável morte,
Meu renascimento sendo guiado por você,
Grande Cerridwen!”